quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pensamentos Confusos. . .


Desilusão. Por que construímos imagens das pessoas? Às vezes gostamos de alguém não por aquilo que ela é, mas pelo que nós pensamos que ela é, e na maioria das vezes, quando descobrimos que aquela imagem que tínhamos era uma mentira, ficamos indignados. Como se a pessoa tivesse culpa dos nossos devaneios.


Eu nunca acreditei no amor. Não sei se porque sou descrente demais, ou se porque nunca senti nada parecido com o que dizem que ele é, ou se porque todos os relacionamentos que conheço são um fracasso, só o que sei é que não consigo acreditar na existência de algo tão abstrato e surreal. Mas, ultimamente tenho me perguntado como é sentir amor? Se amor for pensar tanto em alguém que as vezes até te dói um pouco, se amor for ocultar os defeitos, ou até mesmo expô-los, mas amá-los com a mesma intensidade e as vezes até mais do que ama as qualidades, se amor for querer estar com alguém a cada batida do seu coração, se amor for ir todo dia ao mesmo lugar só para ver alguém, se amor for pensar em alguém em todos os momentos e mesmo dormindo ainda sonhar com esse mesmo alguém, se amor for ter sonhos e devaneios, se amor for sentir o coração bater acelerado só por estar no mesmo local que alguém, se amor for sentir ciúmes de algo que não lhe pertence, se amor for ligar pra alguém na esperança de pelo menos ouvir a voz dela, se amor for tudo isso, então eu acho que, mesmo sem querer ou acreditar, EU AMO. No entanto, ainda não consigo acreditar que EU possa estar amando. As vezes, acho que invento sentimentos, sensações e mais uma porção de coisas, só pra me sentir mais humana, só pra não sentir que sou tão desprezível que não consigo nem mesmo sentir um sentimento que qualquer idiota já sentiu. Não que eu queira sentir algo só porque outras pessoas sentiram, se fosse assim iria agora mesmo pular da ponte pra saber qual a sensação (idiotice, eu sei!), mas o problema não é esse, sinto como se bem lá no fundo, eu realmente não sentisse nenhuma das coisas que penso que sinto. Confuso? Eu sei, é exatamente assim que estou: CONFUSA.


Criei uma personagem de alguém já existente, inventei qualidades, ocultei defeitos. Esqueci de lembrar que as personagens só são perfeitas nos livros. E nos livros, diferentemente da vida real (infelizmente!) existe um autor, e este faz o que bem entende com seus personagens. Se a vida tem um autor ele gosta de sofrimento, tramas enroladas e a mudança contínua de protagonistas. Acho que o autor da minha vida é algum doente, um sádico. Nossa, que confusão! Meus pensamentos e meus sentimentos, e mais do que isso minha capacidade de raciocínio e de entendimento foram afetados. Algum tipo de vírus, muito complexo por sinal, atacou todos os meus sistemas, e está acabando com a placa mãe.


Minha capacidade de julgar... Como fui tão boba a ponto de acreditar que poderia ser diferente? Afinal, todos são iguais! Como fui tão cega? Cheguei a acreditar que eu não era digna, cheguei a pensar que eu era o problema, que eu nunca poderia conseguir algo que era superior a mim... Que tola! Mas acho que não existe alguém certo ou errado. Eu tenho que entender, saber diferenciar o que eu criei da realidade, não tem culpa de ser diferente do que eu inventei. Seres humanos, todos têm defeitos e qualidades. Mas uma garotinha boba resolveu acreditar, ou melhor, imaginar, que existiria no mundo alguém do jeito que ela sonhou. Que tola! Será que ela ainda não aprendeu que a vida não é fácil? Que a vida não é um roteiro de novela onde no fim tudo dá sempre certo? Boba!


Não amo! Invento amores platônicos pra me sentir mais humana, e ao primeiro sinal deles se tornarem possíveis, vejo o quanto seria entediante viver presa a sentimentos incompreensíveis. Okay, talvez eu seja estranha, talvez eu não tenha mesmo amor no coração (teoria da minha mãe!), mas e daí? Quem disse que esse é o pré-requisito pra continuar vivendo? Quem disse que todos têm que se apaixonar? Quem disse que todo mundo tem que descobrir o amor? Eu não preciso viver um filme de amor, a realidade pode ser tão mais legal!


Construirei minha realidade! Construirei o meu roteiro, não terá um príncipe encantado lindo, atraente, corajoso e apaixonante. Mas em compensação não terá uma vilã medíocre e invejosa querendo me ferrar a todo momento pra ficar com esse Sr. Perfeição.


Só é preciso um pouco de imaginação! E imaginar eu sei, afinal não imaginei alguém apaixonante, porque não posso imaginar a vida sendo uma aventura? Xoxo! ;)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Menina que Roubava Livros

Todos temos aquelas paixões secretas, que não contamos pra ninguém... Talvez por medo, ou simplesmente por necessidade de ter algo só nosso, um segredo que só pertence a nós, como se fôssemos os únicos no mundo. Aí então, em momentos de extrema solidão, podemos nos trancar dentro de nós mesmos e ouvir nossas confissões, nossos segredos... Talvez isso seja loucura, ou então talvez os outros sejam os loucos...

Tenho segredos que não conto nem pra mim mesma!

Paixões... Somos apaixonados por tantas coisas, por tantas pessoas, por tantos momentos, que fica meio complicado saber pelo que realmente somos apaixonados...

Hoje resolvi confidenciar-lhes um segredo, mas prometam não contar nada a ninguém! Prometam!

Tudo bem, sei o quão difícil é guardar segredos, ainda mais os dos outros. Mas se forem contar isso que lhes contarei em segredo, tenham certeza que o contarão para o maior número de pessoas que puderem, talvez assim eu os possa perdoar por traírem minha confiança... ;D

Preparem-se... Sou apaixonada. Uma paixão doentia e possessiva, talvez possessiva não, mas uma paixão arrebatadora, destruidora, e ao mesmo tempo tão linda, e terna, e sincera, e educativa, uma paixão tão grande e intensa que chega a ser AMOR. Sim, mesmo eu que não creio no amor sei que já o conheço... E quem é o objeto desse meu amor? OS LIVROS, A LEITURA... Amo ler! Quando leio viajo em meus pensamentos, é como se estivesse vivendo aquilo tudo que leio... Ler é a maior viagem para uma alma sedenta de conhecimento e cheia de imaginação! Ler é como voar, sei que nunca voei, mas imagino como seria se eu voasse, e sei que seria uma sensação tão boa quanto ler um bom livro. Ler é como chocolate, delicioso, saboroso. Ler é como dormir em dia de chuva. Ler é como comida de mãe. Ler é como beijo da pessoa amada... Ler é inventar motivos para imaginar!

Não existe amigo melhor que um bom livro. Ele pode te ensinar. Te educar. Te aconselhar. Te acalmar. Te emocionar. E até te dá uma bronca, só basta saber interpretá-lo...

Ontem li um livro tão lindo que me inspirei a escrever este texto, "A Menina que Roubava Livros" de Markus Zusak,


não sei se já ouviram falar dele, se não comprem-o, vocês com certeza não se arrependerão. Posso dizer com certeza que poucas vezes li um livro tão bom, capaz de me emocionar e me fazer rir e me fazer querer devorar uma página atrás da outra, aprova é que li 494 páginas em um dia! O livro conta a história de Liesel, uma menina alemã que vive na época de Hitler. Depois de ver a morte do irmão, Liesel é adotada pelos Hubermam. A mãe adotiva é uma mulher rabugenta, mas que a seu modo ama Liesel. E o pai, Hans, é o amor em forma humana, é ele quem ajuda Liesel e ler e se apaixonar pela leitura, salvando-a de seus pesadelos e tocando acordeão nas madrugadas. Rudy é um garoto da vizinhança, o primeiro e mais fiel amigo de Liesel, que a ama e não se cansa de pedir-lhe beijos, que a garota nunca dá. Ainda temos Max, um judeu, e como sabemos ser judeu não era boa coisa naquela época, que é abrigada e escondido pelos Hubermam. Ilsa, a mulher do prefeito, é a melhor amiga de Liesel, embora ela demore a perceber isso. Para fugir de sua difícil realidade, Liesel recorre aos livros. Todavia, sua família não tem dinheiro para comprá-los e a solução encontrada por ela é furtá-los!

A história é contada pela morte, que como diz, para se distrair observa as histórias dos humanos, e é atraída pela história de Liesel, que conseguiu fugir da Morte três vezes. O livro é emocionante, chegamos a saber o final da história no meio, mas mesmo assim, queremos continuar lendo e lendo. É uma linda história, que emociona pra valer. Aconselho a leitura!

Tomei a liberdade de copiar um poema do site: http://www.lendo.org

"Foi nos livros que Liesel viu a oportunidade de fugir daquilo tudo que a perseguia. Ela esquecia do irmão morto com um olho aberto, no chão do vagão do trem.

Ensinaram-na a ler. Um certo enrolador de cigarros e um acordeonista.

No abrigo, durante os bombardeios, ela sacudia as palavras para manter todos mais calmos. E longe de mim. Era a sacudidora de palavras.

Até que um dia ela escreveu seu próprio livro.
Até que um dia as sirenes não tocaram para avisar sobre as bombas.
Até que um dia a rua Himmel foi devastada.
Até que um dia só sobrou a menia que roubava livros nos escombros de um porão raso demais para suportar.

Uma sobrevivente.
Um acordeão quebrado.
Um beijo tarde demais.
Um livro perdido e devolvido em tempo."


Espero que tenham gostado!

E espalhem meu segredo, não ficarei com raiva...

Beijinhos e até a próxima! ;)

domingo, 11 de abril de 2010

Ah o tempo. . .

O pior carrasco de nossas vidas é o tempo. Assim como o melhor médico, o melhor remédio... Ah o tempo! Tão perfeito e ao mesmo tempo tão cheio de defeitos. Tão simples vê-lo passar e tão complicado de entendê-lo. (algumas horas depois...) Às vezes eu desejo que o tempo pare. Ou simplesmente que volte pra algum momento em que eu tenha sido feliz. Mas ao mesmo tempo eu só desejo que o tempo continue a passar, mas não tão rápido, lentamente pra que eu possa aproveitar cada sorriso, cada encontro, cada lágrima, cada telefonema, cada briga, cada brincadeira, cada angústia... Sabe, se eu pudesse voltar no tempo não mudaria nada do que fiz, por que de certa forma as coisas certas, e mais do que isso, os erros que cometi serviram pra formar o que hoje eu sou. Não que eu seja boa o suficiente, não que eu não precise mudar, mas o que sou é reflexo do que fui... Sei que cada lágrima derramada me fez aprender uma lição; sei que cada sorriso fez com que eu me descobrisse cada vez mais, e simplesmente voltar no tempo e apagar todos os momentos ruins (e eventualmente os bons, porque nem tudo foram lágrimas!) mudaria o que sou. Eu não seria mais eu, com minhas qualidades e defeitos. Eu não teria aprendido tantas coisas... Eu não teria vivido tantas coisas.


Viver em uma redoma de cristal não é viver. Viver protegida do mundo e de todo o sofrimento é não viver. A gente só vive, só aprende estando no campo de batalha que é a vida. Colecionando vitórias e derrotas. Aprendendo com os nossos erros, aprendendo com os erros dos outros (ou não né!)... A gente só vive se viver! Sem medo. Ou talvez com medo sim, mas enfrentando-o a cada dia. Pedindo ao tempo um pouco mais de tempo pra poder viver. Às vezes eu queria que o tempo parasse, ou apenas que andasse mais devagar, mas aí então eu percebo que eu não tenho que esperar o tempo passar, sou eu quem tem que passar por ele... Como? Isso é um mistério! Mas eu vou descobrir, enquanto isso, quebremos a cara, erremos bastante, pois num desses erros pode estar o nosso maior acerto!


E viva o tempo...

Beijinhoos ;)

domingo, 4 de abril de 2010

O Neném!

Engraçado como as vezes seres tão pequenos conseguem despertar sentimentos que há muito pensávamos que não tínhamos mais! Não sei explicar o que nos faz gostar de alguém, só sei que quando gostamos, simplesmente gostamos e ponto. Não tem uma explicação. Pode ser que as vezes gostamos de alguém só por que esse alguém gosta das mesmas coisas que gostamos. Outras vezes gostamos só por que uma pessoa é completamente diferente de nós. Mas o que explica gostarmos de seres que (acreditamos que) nem pensar pensam? Eu não sei! E você sabe?
Esse aí é o novo membro da família:
Kedi! Não gosto muito de gatos, ou não gostava, mas o Kedi me conquistou. Tem olhinhos tão azuis, um jeitinho tão bagunceiro... E como come esse gatinho! É um fofinho preguiçoso, adora um carinho. E brinca sozinho como doido.

É lindinho ele neah?
Beijos e até mais! ;)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Caio Fernando Abreu


Falei na postagem anterior do Caio Fernando Abreu, pois bem, o cara é um gênio! Li um único texto dele, e foi suficiente para me apaixonar completamente por tudo que ele escreveu e querer ler mais e mais. Além de uma verdade perturbadora, uma linguagem tão fantástica e uma criatividade estupenda, seus textos emocionam e fazem refletir. ELE É UM GÊNIO. Gosto do estilo dele. Acho até que ele é minha alma gêmea literária (que audácia a minha!).
Além disso, a história de vida desse homem é apaixonante. Morreu aos 46 anos de AIDS e afirmava que suas obras tinham mais influencia de Cazuza e Rita Lee do que de grandes nomes de nossa literatura como Graciliano Ramos. Tem que ter muita coragem pra falar isso. E, talvez isso choque alguém por ser politicamente incorreto e uma idiotice, mas sempre achei que as pessoas que morreram de AIDS na década de noventa foram pessoas que realmente souberam aproveitar a vida e contribuíram em muito para nossa arte. Não estou fazendo apologia alguma ao sexo sem proteção ou ao uso de drogas, longe disso, mas veja alguns exemplos: Cazuza, Renato Russo e o prórpio Caio, todos poetas contemporâneos brilhantes, que fizeram sim escolhas erradas, mas que ninguém pode negar que deixaram obras brilhantes. Desculpem se minhas teorias o desagradam, mas é o que EU penso.

Transcrevi abaixo algo da autoria de Caio, e tirem suas próprias conclusões. Se não gostarem, desculpem-me, mas é por que não sabem apreciar a boa literatura contemporânea.

"E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também."

Interessante não? Uma visão tão animal do amor...
Consigo me perceber em alguns textos dele, como se eu mesma os houvesse escrito... Que escritor brilhante, capaz de colocar em palavras tudo aquilo que sinto sem nem ao menos me conhecer ou saber de minha reles existência. É preciso ter o dom das palavras...

"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso."

Caso tenham, assim como eu, gostado dos textos dele, pesquisem mais. Há vários textos muito bons e fáceis de encontrar na internet...
Melhores Contos - Caio Fernando Abreu
Aí tem uma seleção dos melhores contos, seleção de Marcelo Secron Bessa.

Espero que tenham gostado. ;)

Um conto, para matar a saudade!


Nossa, quanto tempo! Estava até com saudades!Mas ando fazendo tanta coisa ultimamente, que nem tenho tempo para uma das coisas que mais amo na vida: ESCREVER. Como disse a um amigo (Pedro, tô falando de você!) quando eu FALO é uma verdade DAQUELE MOMENTO, mas quando eu ESCREVO é a verdade DE VERDADE. Confuso? É eu também acho! Mas vou tentar explicar (embora tenha certeza que vai é complicar mais!), quando eu escrevo é por que não aguento mais guardar dentro de mim o que penso e sinto sobre tudo. Sei lá, parece que quando escrevo é como se fosse outra pessoa, é como se tivesse o dom de contradizer tudo o que falo... É algo que vem realmente de dentro! Não que quando eu fale algo seja mentira, mas é uma verdade só daquele momento!Vou parar de tentar explicar, porque até eu estou ficando confusa!

Ah, escrevi um conto (acho que é um conto!), o primeiro da minha vida! Inspirado num texto do autor Caio Fernando Abreu, O dia que Júpiter encontrou Saturno (descobri sem querer que ele é minha alma gêmea literária! Os textos dele são lindos, perfeitos, meio depressivos, do jeito que amo. O tipo de leitura que recomendo!). Espero que gostem! ;)
P.s.: O conto não tem título, podem sugerir um, por favor!
Obrigada! ;)

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Conto!

Ela estava tão confusa. Nada que fazia parecia ser certo ali. Talvez colocar em uma pequena mochila tudo que lhe fosse essencial, talvez sair de casa sem destino e ver para onde seus passos confusos lhe levariam. Ou talvez apenas ela fosse deitar em sua cama, esperar adormecer e rezar para que toda a dor, todo o sofrimento passasse ou que simplesmente ela esquecesse tudo o que a afligia naquele momento. Mas todas as alternativas que ela tinha não lhe pareciam nem um pouco certas ou eram o que ela realmente queria fazer. Saiu de casa, os cabelos desgrenhados, o rosto sem maquiagem, a roupa amassada. Não sabia o que f azer, só sabia que tinha que fazer. Pegou o carro e começou a dirigir a esmo, entrava e saia de ruas que talvez ela nunca vira. Não sabia para onde ir, só sabia que tinha que ir. Algo a empurrava para frente, sempre adiante, embora em sua cabeça tudo a fizesse querer voltar e voltar, voltar para um momento em que ela sentisse paz, embora ela nem conseguisse se recordar qual fora o último momento em que verdadeiramente ela estivera em paz. A vida não fora só tristeza, pelo menos ela achava que isso era verdade, mas naquele momento as coisas ruins eram tantas que apagavam qualquer momento de sorriso sincero que ela tivera em sua vida, se é que alguma vez seu sorriso fora sin cero. Sem perceber, havia dirigido até o aeroporto. Não sabia ao certo o porquê e talvez nem estivesse em condições de pensar em porquês, apenas saiu do carro e caminhou, aonde seus passos a levariam era algo totalmente incerto. Talvez sua cabeça não fosse mais a responsável por seus movimentos, seus pés estavam desconectados. Sem perceber estava no balcão de uma agência de viagens, onde uma moça que ela não conseguia enxergar, lhe falava sobre inúmeros roteiros de viagens, lhe mostrava a felicidade de alguns lugares, lhe mostrava a beleza de alguns pontos turísticos. Mas não er a aquilo que ela queria, se é que ela ainda queria algo. Sem pensar comprou uma passagem. Para Paris. Ela via uma cidade iluminada, aquelas luzes simbolizavam exatamente o oposto de como estava seu coração naquele momento. A mocinha da agência ainda perguntou e perguntou, em vão, tentando obter respostas que ela não sabia dar. A viagem estava marcada para o outro dia, parecia muito tempo. Sem hesitar voltou ao carro. Estática. Imóvel. Gelada. Como seus sentimentos. Ela esperava que algo acontecesse. Mas nada acontecia. Olhou em volta, todas as pessoas sorriam. Pareciam s orrisos verdadeiros, sorrisos dos quais ela sentia pena, pois ela sabia que eles passariam, mais cedo ou mais tarde eles se tornariam dor e angústia. Ela sentia pena. Olhou de novo, mas dessa vez não enxergava nada além de sua própria dor. Entrou no carro e tornou a dirigir a esmo. Estava tão sozinha consigo mesma, estava tão centrada em sua própria dor. Não sabia o que fazer, para onde ir. Qual era o seu lugar? Ela não tinha lugar, não naquele momento, não haveria lugar para alguém que sofria como ela. Em casa, sentada no sofá, esperava as horas passarem. Esperava. Esperava. Esperava. Como as horas podiam demorar tanto? Imersa na dor, ela mal podia perceber as coisas a sua volta, talvez fosse um pouco de egoísmo de sua parte, ou talvez dentro de si mesma ela estivesse protegida e protegesse os outros. Tentando perceber aquela sala viu a mãe sentada a seu lado, falando coisas que ela não compreendia, oferecendo-lhe algo que mesmo sem saber o que era ela não queria. Por que era tão difícil sair dali, sair de dentro dela mesma, falar o que ela estava sentido, embora ela não soubesse o que ela estava sentindo. Maquinalmente subiu ao quarto, após um banho demorado, vestiu-se, p enteou-se, maquiou-se. Saiu de casa. Entrou no carro. E mais uma vez a esmo pela grande cidade ela dirigiu. Parou em frente a um bar. Ele era tão alegre e ao mesmo tempo tão triste, olhou as pessoas que ali estavam tão dentro de si mesmas, tão sós, e ao mesmo tempo tão próximas umas das outras, dançando, tentando em vão ou não, esquecer-se de seus problemas, de suas vidas ou de quem elas eram. Entrou. Sentou-se em uma mesa próximo a janela de onde podia enxergar a rua e mais acima o céu. Ah o céu! Como sentia inveja das estrelas. Elas estavam lá, tão longe da terra, tão sozinhas com elas mesmas, brilhavam e encantavam os meros mortais. Tocava uma m úsica animada. Mas ela não se movia. Tocava uma música triste. Mas ela não se movia. Na penumbra pôde observar um corpo se aproximar. Ele não falou nada. Apenas sentou-se a seu lado e em silêncio, sozinhos cada um em seu mundo, fizeram companhia um ao outro. Não precisavam de palavras para entender-se, bastava que estivessem ali, respirando o mesmo ar. As pessoas ainda dançavam.
- Eles parecem felizes.
-
Eles acham que estão felizes.
- Eles não sofrem.
- Mas eles vão sofrer.
- Gosto de ver as estrelas.
-
Gosto de ver as estrelas.
- O céu é tão iluminado...
-
O céu não capta a tristeza da te rra.
- O céu é indiferente a tristeza da terra.
- Acho que as estrelas são felizes.
Ficaram em silêncio. Admirando as estrelas. Ela ainda sofria. Seu coração ainda estava apertado. Ainda sentia como se cada órgão de seu peito estivesse sendo esmagado. Mas ele estava ali. E mesmo que não falasse sequer uma palavra ela sabia que ele ainda estaria ali.
- Vou pra Paris amanhã.
- Vou ficar aqui mesmo.
- Talvez eu não volte.
- Você nunca irá esquecer.
- Talvez eu não volte.
- Você sempre será você. Você sempre estará presa dentro de si mesma. Você sempre sofrerá. Fugir não vai adiantar.
O silêncio nã
o doía com ele. O silêncio era gostoso. Ele a fazia esquecer-se de si mesma. Ele a fazia esquecer-se da dor. Ele a fazia esquecer o mundo.
- Dorme comigo?
-
Não.
-
Me beija?
- Não. Você vai ficar se eu te beijar?
-
Não.
-
Mesmo assim eu vou tentar.
E eles se beijaram. Durante alguns poucos segundos aquilo era tudo o que ela tinha e o que ela queria. Era o segundo de paz pelo qual ela procurara o dia inteiro sem saber
. Era o fio de esperança que ela tinha medo de se romper. Era a estrela brilhando no céu que tanto lhe causara inveja. Era o sorriso de felicidade das pessoas no aeroporto, mas assim como aquele sorriso, ela sabia que aquele beijo teria um fim. E teve. Eles se olharam nos olhos. Ele acariciou sua bochecha.
-
Você vai ficar.
-
Não.
- Você vai voltar?
- Não sei. Você vai me amar?
-
Talvez.
- Você vai lembrar?
- Pra sempre. Você vai lembrar?
- Pra sempre.
Ela saiu do bar. Ela entrou no carro. Não ousou olhar para trás. Ela sabia que ele ainda estaria lá, olhando as pessoas na rua, olhando as estrelas no céu. Ele a olharia até que ela estivesse bem longe. Até que não a pudesse ver. Ela andara o dia inteiro, sem rumo sem destino, esperando encontrá-lo em todos os lugares que fora. Ela passara a vida inteira esperando pelo dia em que ele a beijaria. Ela não o conhecia. Mas ninguém a conhecia tanto quanto ele a conheceu naquela noite. Um estranho havia se aproximado, um estranho a beijara, um estranho havia decifrado sua dor. Um estranho. Talvez um dia ela voltasse, talvez um dia eles se reencontrassem, talvez um dia ela pudesse esquecer, talvez um dia ela pudesse lembrar . Agora, ali, sentada no saguão do aeroporto esperando o dia amanhecer, esperando o avião partir, ela apenas pensava em quanto ela sofria. Talvez um dia ela o visse sentado em um bar beijando outra estranha, talvez um dia ela beijasse num bar um outro estranho. Mas o que era certo é que ela sempre se lembraria daquele beijo. O mundo continuava a girar, sua dor continuava a sufocar. Ela não estava fugindo, ela estava partindo. Ela voltaria? Talvez. Ela lembraria? Pra sempre.


O qe acharam! Ai que medaa... ;D

domingo, 31 de janeiro de 2010

Filme : 500 Dias Com Ela

Hoje estou meio sentimental (será que eu ainda sou eu? Socorro fui possuída por um espírito mulherzinha!). Sério. E sabe qual a melhor coisa a fazer quando estamos nesses dias? Assistir filme! De preferência aquelas comédias românticas bobinhas em que o mocinho e a mocinha (chatinha e enjoada) ficam juntos no final, só pra mostrar pra gente (reles mortais que vivem na realidade cruel onde o amor não existe!) que o amor tudo supera e sempre vence. Dramático? Bastante, eu sei!

Então, decidi assistir um filme que há muito tempo ouço falar: 500 Dias Com Ela. E pasmem, eu ADOREI. Impressionante como o filme é legal, e inteligente, e apaixonante, e engraçado... Tipo é a história do garoto que se apaixona pela garota, mas a garota não gosta do garoto, e pior do que isso ela nem acredita em amor ou paixão. A Summer, Zooey Deschanel, me deixou um pouco confusa, consegui amá-la e odiá-la! Amá-la porque compartilho das mesmas idéias que ela tem, além do jeito meio doido dela. E odiá-la pelo fato de fazer o mocinho (nem lembro o nome!) tão bonitinho, bobo e apaixonado (esse seria um bom motivo pra odiar ele!) sofrer. Ain, o filme é bem fofo! (Lembrei o nome do cara é Tom, Joseph Gordon-Levitt!)

Como diz no filme mesmo, "Não é uma história de amor, e sim sobre o amor!". É bem lindo, mesmo que eu seja uma adoradora confessa de finais felizes clichês, eu gostei do final desse (nem peçam que não contarei!)...
Ah tá ai o Trailer!

Beijos e até a próxima! ;*


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

3OH!3 Queem ?

Sabe o que é mais legal da internet? Você fuçar os sites mais improváveis (excetuando os pornôs!) e encontrar coisas muito boas, que se não fossem pelas facilidades do mundo virtual você (leia-se EU!) concerteza não teria acesso algum!
Foi o que aconteceu agora. Tipo 01:15 da madrugada e o sono não resolve dar o ar de sua graça, o que fazer? Ficar na frente do pc e entrar em todos os sites que aparecerem na sua frente, esperando (incansavelmente!) encontrar algo de bom ou no mínimo não tão ruim. Amante da boa música, viciada em novidade e curiosa por natureza (queria acrescentar bom gosto nessa lista, mas talvez vocês discordem!), encontrei uma banda, ou melhor, dupla que eu nunca havia ouvido na vida, pra começar os caras têm um nome estranho que nem consigo pronunciar 3OH!3 (lembra aquelas fórmulas químicas que a gente tanto odeia no ensino médio!), segundo o wikipédia lê-se three oh three (estranho, confesso!). Mas o fato é que ADOREI as músicas que ouvi deles! É meio electrorock o estilo deles. Eu gostei!
Ouçam: Don't Trust Me e Starstrukk (com a fofa da Katy Perry).

Espero que gostem, porque eu amei!
Lugar garantidíssimo na minha playlist ! ;)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Férias: Diversão ?


Sinceramente, posso parecer estranha, mas se tem algo que me irrita profundamente são as férias. Nossa antes eu esperava o ano inteirinho por dois meses de folga, que pra mim eram os melhores de toda a minha existência: dormir até tarde, assistir a tudo o que eu conseguisse na televisão, ficar acordada até de madrugada por besteira, passar o dia na rua brincando de tudo o que nossa imaginação e nossas condições físicas possibilitassem, não ter que fazer aqueles deveres chatos de casa... Ah as férias! Que felicidadee!

Mas algo em mim mudou... Nossa, só se eu não fosse um ser humano para que algo em mim não mudasse, acho inclusive que a pessoa que eu descrevi acima não existe mais. As coisas que antes pra mim eram ótimas no período das férias, hoje não passam de enfadonhas, sem graça e coisas de criancinhas de pré escola. Natural né! Se eu ainda hoje gostasse de brincar de casinha, aí sim que eu seria estranha, mais ainda do que já sou. Mas voltando ao assunto, ODEIO AS FÉRIAS. Sei lá! É uma coisa tão chata você não ter nada pra fazer além de fazer nada. Eu sei, eu sei... Sou louca e estranha.

Mas eu gosto de movimento, de ficar cheia de coisa pra fazer, de chegar em casa e reclamar que estou morta de cansaço e o que mais quero é dormir, gosto de não ter tempo pra nada, gosto de ficar tão cheia de coisa pra fazer e ser obrigada a não dormir só pra poder cumprir com minhas obrigações, gosto de ser requisitada... Ain, eu gosto de tudo o que eu mais odeio! ;O

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Music: Taylor Swift !

Salve, salve moçadaa ! Estou aqui novamente, pra falaar de quê ? Claro, a paixão nacional (não estou falando de futebol e muito menos de bundaa ! hehehe): MÚSICA !

Sei que vocês não são padres, mas tenho que confessar meu atual vício: Estou mega apaixonada pelas músicas de uma loirinha muito fofa e apaixonante . . . Taylor Swift ! Ela simplesmente arrasa, cada música é mais linda e mais apaixonante do que a outra, impossível não viciar !A Taylor é uma atriz, cantora e compositora de country music norte-americana. Ficou super, mega, hiper, ultra conhecida depois que ganhou o prêmio de Melhor Clipe Feminino no VMA em New York, com a música "You Belong With Me", devido ao “bafão” do rapper e produtor musical Kanye West, que subiu ao palco e pegou o microfone de Taylor durante os agradecimentos dela dizendo que o clipe da cantora Beyoncé interpretando "Single Ladies", concorrendo pelo mesmo prêmio, era "um dos melhores clipes de todos os tempos", e fazendo com que as pessoas presentes no local o vaiassem. Ele entregou o microfone de volta para a atordoada e chateada Taylor, que não terminou seus agradecimentos. Quase todos os presentes postaram em seus Tewitters mensagens reprovando Kanye e tomando as dores de Taylor. E o momento mais fofo, foi quando Beyoncé ao receber o prêmio de Melhor Vídeo do Ano chamou Taylor de volta para o palco para que ela pudesse terminar seus agradecimentos. OMG ! Foi lindo !

Mas a Taylor nem precisaria disso, pois suas músicas são apenas PERFEITAS e LINDAS, difícil escolher a melhor. . .

Boom, listei algumas, que eu adoro, e que tenho certeza que todos vocês vão gostar também ! Espero que gostem. . .

1. Terdrops On My Guitar
Essa é a minha preferida ! É uma música doce, daquele tipo que gruda na cabeça e quando você menos percebe ta cantarolando o refrão a todo instante. . . A letra é perfeita, fala de uma garota que se apaixona por um cara que só ver ela como amiga, ele além de não perceber isso, ainda fica com outra menina ! Muito fofo !

Ele é a razão das lágrimas no meu violão A única coisa que continuo pedindo para uma estrela cadente Ele é a canção dentro do carro que eu continuo cantando, eu não sei porque.”


2. You Belong With Me
Linda, linda, linda e mais linda ! Essa é a palavra que resume essa música. . . Fico impressionada de como a Taylor consegue compor algo tão lindo, que realmente consegue emocionar ! Na música e no clipe (que é só perfeito !), ela é uma garota meio nerd que se apaixona pelo vizinho que tem uma namorada que é a líder de torcida gostosona, mas no final a nerd acaba ficando com o vizinho ! OMG *-*


3. Love Story
Fofaa ! Esse éo adjetivo perfeito. Sabe a (clichê) história de Romeu e Julieta ? Então, essa música fala disso, inclusive a letra faz até referência a esses eternos personagens de Shakespeare ! Além da letra ser suuper fofa, no clipe ainda tem o gatíssimo do Justin Garner, ai papai ! Teem como ser mais cheia de perfeição ? kkkkk²

"Romeu me leve a algum lugar onde possamos ficar sozinhos
Eu estarei esperando, tudo que faremos é correr
Você será o príncipe e eu serei a princesa,
Esta é uma história de amor, querido, apenas diga sim."


4. Crazier
Aiin, quando ouvi essa música pela primeira vez senti meio que uma dor, uma saudade de sei-lá-o-quê. Sei que sentir uma "dor" ao ouvir uma música pode parecer algo meio estranho e ruim, mas ao contrário, eu adorei sentir isso (talvez eu seja meio sadomazoquista !), e desde então não quiz mais parar de ouvi-la. . . Sem contar que essa linda canção tá na trilha sonora do filme (bobo e água com açúcar) da Miley ! É beem linda. . . (;


5. White Horse
Perfeita, simplesmente perfeita ! Tão doce, tão meiga, tão apaixonante, tão linda. . . E na voz da Taylor então, fica quase impossível não adorá-la e ouvir sempre e sempre e sempre. Fala da igenuidade do primeiro amor, e também da primeira desilusão amorosa ! Essa coisa de príncipe encantado chegando em seu cavalo branco e o sonho de que todas nós somos princesas é APENAS UM SONHO ! Muito linda meesmo. . .

"Talvez eu fosse ingênua, me perdi nos seus olhos
E nunca realmente tive chance
Foi erro meu, não sabia o que era estar apaixonada
Você batalhou para ter uma vantagem
Eu tive tantos sonhos sobre você e eu
Finais felizes, bem agora eu sei."


Por enquanto é só ! Eu amoo as músicas da Taylor e você !
Beijoos e até a próximaa ! ;*

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Larissa Tabosa, por Larissa Tabosa'



Resolvi começar falando sobre mim...

Eu? Eu sou estranha! Essa é a maior verdade que alguém pode saber de mim. Sou confusa, sou medrosa e sou totalmente estressante. Tem coisas que eu nem consigo explicar em mim mesma, tem coisas que eu faço nem sei por quê... Sou chata quase sempre, metida as vezes, besta em todos os minutos, tenho umas brincadeiras pesadas, gosto de alugar as pessoas e me irrito facilmente, basta que me olhem de um jeito diferente que já fico incomodada. Sou grossa, falo as verdades na cara das pessoas sem me incomodar com os sentimentos delas, falo palavrão mais que o necessário (e eu nem sei qual o necessário!), as vezes sou fingida, faço joguinhos idiotas só pra conseguir o que eu quero...

Odeio a Lei da Gravidade, quem precisa dessa besteira de que tudo tem que cair? Puxado por essa força invisível que atrai tudo em direção a terra... Que ódio disso! Algumas vezes odeio ser mulher, principalmente quando você está numa rua movimentada e quer ir ao banheiro, ou quando você começa a sangrar como se tivesse tendo uma hemorragia... Odeio isso!

Muitas vezes minto pra mim mesma, tentando me convencer de coisas que sei que não são verdades, mas que gostaria muito que fossem! O pior é quando eu passo a acreditar nessas mentiras e aí então nem me lembro mais qual a verdade... Sou confusa, as vezes eu acho que gosto de alguma coisa e faço de tudo pra ter aquela coisa, choro, brigo, grito e aí então quando eu consigo aquilo que eu queria, percebo que nem era tão bom assim, e que eu nem queria tanto assim. É duro admitir, mas sou meio mimada, quero que tudo seja feito do meu jeito e seja feito pra mim e por mim. Tenho opinião formada sobre tudo e se ainda não tenho uma opinião eu invento, e então tento impor aos outros o que eu penso, me julgando a pessoa mais certa do mundo, esse negócio de ouvir o que os outros têm a dizer e respeitar a opinião de cada um não foi feito pra mim... Sou extremamente preconceituosa, confesso! Embora isso seja feio! Mas não é aquele preconceito contra gente negra, ou com alguma doença, ou pobre, é um preconceito que eu mesma desenvolvi: tenho preconceito contra gente mesquinha, gente sem atitude, sem sal, gente que trata mal os outros, gente que não se cuida, gente que parece que não é gente.

Alguns dias quando acordo tenho vontade de me matar! E essa vontade só vai aumentando ao passar dia, mas eu sou tão fraca que nunca tive coragem de o fazer. Outros dias acordo tão feliz, com vontade de rir e gargalhar até pro vento quando vem brincar com meus cabelos, mas isso também passa no decorrer do dia. E têm outros dias que eu simplesmente acordo, sem nenhuma emoção esperando pra ver o que a vida me preparou. E geralmente ela num prepara nada, e é tudo um tédio só... Ou às vezes não!

Tenho medo das coisas mais bobas. Morro ao ver um sapo (só porque ele é asqueroso!), quase tenho um troço quando vejo rato morto, tenho mais medo de rato morto do que vivo e não sei por quê, tenho medo que a minha mãe morra, mas não tenho medo da minha morte, tenho medo de bêbado, medo de evangélicos (principalmente aqueles que chegam do nada querendo pregar a palavra de Deus a força pra você!), tenho medo de filmes de terror que eu não assisto até o fim... Já chorei por besteira. Uma vez olhei para os meus dedos e não gostei do espaço que fica quando os dobramos um pouco e quase morro de chorar por isso. Choro em toda cena triste de filme, acredite todas mesmo, chorei na cena do filme A Era do Gelo quando o tigre fala: “Cadê o bebê?”, coisa mais besta! Já chorei ouvindo música pensando em alguém... Já chorei lembrando de coisas boas do meu passado e já chorei muito de raiva.

Sou chantagista as vezes, se isso for me dar o que eu quero.

Gosto de palavras estranhas, não importa qual o significado delas, desde que sejam bonitas... Durmo tarde, mais por costume do que por necessidade. Gosto de fazer novos amigos, mas só considero duas pessoas como minhas amigas. Falo demais, e muitas vezes besteiras demais.

Nunca amei ninguém, e tenho medo de que isso um dia aconteça, mesmo não acreditando no amor. Gosto de perigo, de sentir a perna tremer, o coração acelerar e a adrenalina correndo nas veias. Sou meio louca...

E se depois de tudo isso você me perguntar: Você é feliz? Eu apenas responderia: Hoje eu estou feliz!