segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Larissa Tabosa, por Larissa Tabosa'



Resolvi começar falando sobre mim...

Eu? Eu sou estranha! Essa é a maior verdade que alguém pode saber de mim. Sou confusa, sou medrosa e sou totalmente estressante. Tem coisas que eu nem consigo explicar em mim mesma, tem coisas que eu faço nem sei por quê... Sou chata quase sempre, metida as vezes, besta em todos os minutos, tenho umas brincadeiras pesadas, gosto de alugar as pessoas e me irrito facilmente, basta que me olhem de um jeito diferente que já fico incomodada. Sou grossa, falo as verdades na cara das pessoas sem me incomodar com os sentimentos delas, falo palavrão mais que o necessário (e eu nem sei qual o necessário!), as vezes sou fingida, faço joguinhos idiotas só pra conseguir o que eu quero...

Odeio a Lei da Gravidade, quem precisa dessa besteira de que tudo tem que cair? Puxado por essa força invisível que atrai tudo em direção a terra... Que ódio disso! Algumas vezes odeio ser mulher, principalmente quando você está numa rua movimentada e quer ir ao banheiro, ou quando você começa a sangrar como se tivesse tendo uma hemorragia... Odeio isso!

Muitas vezes minto pra mim mesma, tentando me convencer de coisas que sei que não são verdades, mas que gostaria muito que fossem! O pior é quando eu passo a acreditar nessas mentiras e aí então nem me lembro mais qual a verdade... Sou confusa, as vezes eu acho que gosto de alguma coisa e faço de tudo pra ter aquela coisa, choro, brigo, grito e aí então quando eu consigo aquilo que eu queria, percebo que nem era tão bom assim, e que eu nem queria tanto assim. É duro admitir, mas sou meio mimada, quero que tudo seja feito do meu jeito e seja feito pra mim e por mim. Tenho opinião formada sobre tudo e se ainda não tenho uma opinião eu invento, e então tento impor aos outros o que eu penso, me julgando a pessoa mais certa do mundo, esse negócio de ouvir o que os outros têm a dizer e respeitar a opinião de cada um não foi feito pra mim... Sou extremamente preconceituosa, confesso! Embora isso seja feio! Mas não é aquele preconceito contra gente negra, ou com alguma doença, ou pobre, é um preconceito que eu mesma desenvolvi: tenho preconceito contra gente mesquinha, gente sem atitude, sem sal, gente que trata mal os outros, gente que não se cuida, gente que parece que não é gente.

Alguns dias quando acordo tenho vontade de me matar! E essa vontade só vai aumentando ao passar dia, mas eu sou tão fraca que nunca tive coragem de o fazer. Outros dias acordo tão feliz, com vontade de rir e gargalhar até pro vento quando vem brincar com meus cabelos, mas isso também passa no decorrer do dia. E têm outros dias que eu simplesmente acordo, sem nenhuma emoção esperando pra ver o que a vida me preparou. E geralmente ela num prepara nada, e é tudo um tédio só... Ou às vezes não!

Tenho medo das coisas mais bobas. Morro ao ver um sapo (só porque ele é asqueroso!), quase tenho um troço quando vejo rato morto, tenho mais medo de rato morto do que vivo e não sei por quê, tenho medo que a minha mãe morra, mas não tenho medo da minha morte, tenho medo de bêbado, medo de evangélicos (principalmente aqueles que chegam do nada querendo pregar a palavra de Deus a força pra você!), tenho medo de filmes de terror que eu não assisto até o fim... Já chorei por besteira. Uma vez olhei para os meus dedos e não gostei do espaço que fica quando os dobramos um pouco e quase morro de chorar por isso. Choro em toda cena triste de filme, acredite todas mesmo, chorei na cena do filme A Era do Gelo quando o tigre fala: “Cadê o bebê?”, coisa mais besta! Já chorei ouvindo música pensando em alguém... Já chorei lembrando de coisas boas do meu passado e já chorei muito de raiva.

Sou chantagista as vezes, se isso for me dar o que eu quero.

Gosto de palavras estranhas, não importa qual o significado delas, desde que sejam bonitas... Durmo tarde, mais por costume do que por necessidade. Gosto de fazer novos amigos, mas só considero duas pessoas como minhas amigas. Falo demais, e muitas vezes besteiras demais.

Nunca amei ninguém, e tenho medo de que isso um dia aconteça, mesmo não acreditando no amor. Gosto de perigo, de sentir a perna tremer, o coração acelerar e a adrenalina correndo nas veias. Sou meio louca...

E se depois de tudo isso você me perguntar: Você é feliz? Eu apenas responderia: Hoje eu estou feliz!

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