quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Menina que Roubava Livros

Todos temos aquelas paixões secretas, que não contamos pra ninguém... Talvez por medo, ou simplesmente por necessidade de ter algo só nosso, um segredo que só pertence a nós, como se fôssemos os únicos no mundo. Aí então, em momentos de extrema solidão, podemos nos trancar dentro de nós mesmos e ouvir nossas confissões, nossos segredos... Talvez isso seja loucura, ou então talvez os outros sejam os loucos...

Tenho segredos que não conto nem pra mim mesma!

Paixões... Somos apaixonados por tantas coisas, por tantas pessoas, por tantos momentos, que fica meio complicado saber pelo que realmente somos apaixonados...

Hoje resolvi confidenciar-lhes um segredo, mas prometam não contar nada a ninguém! Prometam!

Tudo bem, sei o quão difícil é guardar segredos, ainda mais os dos outros. Mas se forem contar isso que lhes contarei em segredo, tenham certeza que o contarão para o maior número de pessoas que puderem, talvez assim eu os possa perdoar por traírem minha confiança... ;D

Preparem-se... Sou apaixonada. Uma paixão doentia e possessiva, talvez possessiva não, mas uma paixão arrebatadora, destruidora, e ao mesmo tempo tão linda, e terna, e sincera, e educativa, uma paixão tão grande e intensa que chega a ser AMOR. Sim, mesmo eu que não creio no amor sei que já o conheço... E quem é o objeto desse meu amor? OS LIVROS, A LEITURA... Amo ler! Quando leio viajo em meus pensamentos, é como se estivesse vivendo aquilo tudo que leio... Ler é a maior viagem para uma alma sedenta de conhecimento e cheia de imaginação! Ler é como voar, sei que nunca voei, mas imagino como seria se eu voasse, e sei que seria uma sensação tão boa quanto ler um bom livro. Ler é como chocolate, delicioso, saboroso. Ler é como dormir em dia de chuva. Ler é como comida de mãe. Ler é como beijo da pessoa amada... Ler é inventar motivos para imaginar!

Não existe amigo melhor que um bom livro. Ele pode te ensinar. Te educar. Te aconselhar. Te acalmar. Te emocionar. E até te dá uma bronca, só basta saber interpretá-lo...

Ontem li um livro tão lindo que me inspirei a escrever este texto, "A Menina que Roubava Livros" de Markus Zusak,


não sei se já ouviram falar dele, se não comprem-o, vocês com certeza não se arrependerão. Posso dizer com certeza que poucas vezes li um livro tão bom, capaz de me emocionar e me fazer rir e me fazer querer devorar uma página atrás da outra, aprova é que li 494 páginas em um dia! O livro conta a história de Liesel, uma menina alemã que vive na época de Hitler. Depois de ver a morte do irmão, Liesel é adotada pelos Hubermam. A mãe adotiva é uma mulher rabugenta, mas que a seu modo ama Liesel. E o pai, Hans, é o amor em forma humana, é ele quem ajuda Liesel e ler e se apaixonar pela leitura, salvando-a de seus pesadelos e tocando acordeão nas madrugadas. Rudy é um garoto da vizinhança, o primeiro e mais fiel amigo de Liesel, que a ama e não se cansa de pedir-lhe beijos, que a garota nunca dá. Ainda temos Max, um judeu, e como sabemos ser judeu não era boa coisa naquela época, que é abrigada e escondido pelos Hubermam. Ilsa, a mulher do prefeito, é a melhor amiga de Liesel, embora ela demore a perceber isso. Para fugir de sua difícil realidade, Liesel recorre aos livros. Todavia, sua família não tem dinheiro para comprá-los e a solução encontrada por ela é furtá-los!

A história é contada pela morte, que como diz, para se distrair observa as histórias dos humanos, e é atraída pela história de Liesel, que conseguiu fugir da Morte três vezes. O livro é emocionante, chegamos a saber o final da história no meio, mas mesmo assim, queremos continuar lendo e lendo. É uma linda história, que emociona pra valer. Aconselho a leitura!

Tomei a liberdade de copiar um poema do site: http://www.lendo.org

"Foi nos livros que Liesel viu a oportunidade de fugir daquilo tudo que a perseguia. Ela esquecia do irmão morto com um olho aberto, no chão do vagão do trem.

Ensinaram-na a ler. Um certo enrolador de cigarros e um acordeonista.

No abrigo, durante os bombardeios, ela sacudia as palavras para manter todos mais calmos. E longe de mim. Era a sacudidora de palavras.

Até que um dia ela escreveu seu próprio livro.
Até que um dia as sirenes não tocaram para avisar sobre as bombas.
Até que um dia a rua Himmel foi devastada.
Até que um dia só sobrou a menia que roubava livros nos escombros de um porão raso demais para suportar.

Uma sobrevivente.
Um acordeão quebrado.
Um beijo tarde demais.
Um livro perdido e devolvido em tempo."


Espero que tenham gostado!

E espalhem meu segredo, não ficarei com raiva...

Beijinhos e até a próxima! ;)

3 comentários:

  1. Ótimo livro fiz uma apresentação dele na facu todos os colegas da sala gostaram e muitos deles também leram....

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  2. Um livro capaz de encantar qualquer pessoa que leia, apesar de não ter lido até o final. Gostei bastante o pouco que li.
    Parabéns pelo seu blog!

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